A poluição do ar é responsável pela morte de 7 milhões de pessoas a cada ano. No mundo, nove em cada dez pessoas respiram ar contendo altos níveis de poluente. Neste cenário, crianças são as mais vulneráveis, considerando que a poluição é especialmente danosa durante o desenvolvimento fetal e os primeiros anos de vida.
Anualmente, mais de meio milhão de crianças de até 15 anos morrem em decorrência da poluição do ar. O levantamento ‘Poluição atmosférica e saúde infantil: prescrevendo ar limpo’ aponta que 93% das crianças do mundo respiram um ar com níveis de poluição acima do recomendado.
Ainda, mais de 570 mil crianças de 0 a 5 anos morrem anualmente, no mundo, por infecções respiratórias como a pneumonia, por exemplo – que pode matar até 11 milhões de crianças até 2030 -, segundo a publicação ‘Não Polua o meu futuro!’, da Organização das Nações Unidas (ONU). Já no Brasil, o ar poluído é responsável pela morte de pelo menos 633 crianças menores de cinco anos a cada ano, isso significa 41 mortes a cada 100 mil crianças nessa faixa etária.
O estudo britânico ‘A review of factors surrounding the air pollution exposure to in-pram babies and mitigation strategies’, indica que no carrinho de bebê a exposição a poluentes é ainda maior, já que ficam na mesma altura de escapamentos dos carros. Um simples passeio no centro da cidade, onde o tráfego é intenso, pode expor a criança a 60% a mais de poluição, quando comparada a um adulto.
Evidências científicas comprovam que a exposição de gestantes e bebês a poluentes eleva o percentual de morte fetal e agrava o risco de mortalidade infantil, além de acarretar, em centenas de milhares de crianças, doenças respiratórias crônicas e doenças pulmonares. Pesquisadores também descobriram evidências de que partículas microscópicas de carbono chegam à placenta.