Em 2015, pelo menos 5,9 milhões de crianças com menos de cinco anos morreram por doenças e condições fruto de impactos ambientais, ao menos parcialmente, como a poluição do ar, água contaminada, falta de saneamento básico, higiene inadequada e exposição a substâncias químicas. O dado faz parte do relatório ‘Não polua o meu futuro! o impacto do ambiente na saúde das crianças’, da Organização Mundial da Saúde (OMS), traduzido recentemente para o português pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
As crianças são particularmente vulneráveis aos impactos ambientais por conta de seu sistema imune em desenvolvimento. A exposição a fatores nocivos pode começar ainda no útero. Crianças bebem mais água e respiram mais ar que os adultos, além disso, comportamentos comuns como colocar as mãos e objetos na boca podem aumentar a exposição a contaminantes ambientais.
As infecções respiratórias, seguidas pelas doenças diarreicas e as condições neonatais – que incluem baixo peso ao nascer, prematuridade, por exemplo -, são os principais fatores que contribuem para a morte de crianças por razões ambientais. A maior parte dos países atingidos são os de baixa e média renda.
“Conhecer o estado da ciência não é suficiente. Também é necessário considerar cuidadosamente os impactos sociais e econômicos sobre grupos vulneráveis e aplicar uma abordagem multissetorial para resolver os dilemas da saúde ambiental”, afirma o estudo. O relatório conclui que a redução de riscos ambientais pode prevenir um quarto das mortes e doenças na infância.
Hoje, cinco de junho, é Dia Mundial do Meio Ambiente e a Organização para as Nações Unidas (ONU) lançou campanha chamando a população a se engajar no combate a um dos grandes impactos ambientais: a poluição do ar. No Brasil, quase duas crianças perdem suas vidas para o ar poluído por dia. São, ao todo, 633 crianças por ano. Conheça e participe da campanha ‘Vamos juntos combater a poluição do ar’.