Em 3 de dezembro, a Coalizão RespirAr enviou cartas aos diretores executivos das cinco principais montadoras de veículos multinacionais que atuam no Brasil, pedindo a manutenção dos prazos já estipulados da fase P-8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), e a necessidade da fabricação imediata de veículos menos poluentes.
As empresas são ligadas à Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que tem atuado pelo adiamento por três anos da implantação da próxima fase do Proconve, que estipula que veículos pesados como caminhões e ônibus já saiam das fábricas com equipamentos que reduzam a emissão de poluentes a partir de 2022.
Na carta, as entidades afirmam não haver justificativas técnicas e jurídicas para o atraso da adoção da tecnologia no país. “Há tempo suficiente para o lançamento dos produtos adequados à fase P-8, tecnologia esta que já entra em atraso no mercado brasileiro”, aponta o documento.
Reafirmando a importância de se engendrar todos os esforços para a garantia de ar limpo, em 15 de dezembro, 14 entidades médicas lançaram uma carta pública, durante webinar, apresentando diversos estudos que comprovam que a poluição do ar é o segundo maior perigo global à saúde humana depois da Covid-19. Endereçada à Presidência da República, aos ministérios da Saúde e Meio Ambiente e ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), o manifesto também defende a manutenção do cronograma de implementação de regras mais rigorosas de controle da poluição veicular.
“A utilização destas tecnologias nas novas frotas dos veículos pesados salvará 150 mil vidas até 2050, além de permitir uma economia de R$ 539 milhões ao SUS”, afirmam os médicos na carta, indicando, ainda, que os benefícios para a saúde ultrapassam em muito os custos do combate à mudança climática. Acesse aqui o documento na íntegra,
Cartas da Coalizão Respirar às montadoras brasileiras: